Poeta, crítico literário e tradutor, Ivan Junqueira, membro da Academia Brasileira de Letras desde 2000, quando assumiu a cadeira de João Cabral de Melo Neto, é um dos poucos poetas brasileiros que se dividiram de maneira tão harmônica entre estas três vertentes da literatura – ao lado de Gonçalves Dias, passando por nomes tão diversos como Machado de Assis, Mário de Andrade, Manuel Bandeira e Augusto Meyer, até chegar a uma rica floração posterior ao Modernismo.
Décimo livro de uma opulenta obra de crítico e de ensaísta, CINZAS DO ESPÓLIO aparece como a pedra angular dessa vertente que se construiu lado a lado com uma das mais importantes obras poéticas da nossa contemporaneidade e com uma militância de tradução que nos deu as já clássicas versões de Baudelaire, de T. S. Eliot ou de Dylan Thomas.
Ao contrário dos volumes de ensaios publicados anteriormente, organizados a partir de um critério de mínima ordem estrutural, aqui o autor dá voz a restos e reflexões sobre a poesia, a prosa de ficção, o ensaísmo e a tradução literária.
O livro reúne, como sugere o título, as cinzas de um espólio – prefácios, apresentações, alguns ensaios inéditos e conferências que proferiu nestes últimos anos no país e no exterior.