As histórias de Era uma vez... três! são divertidas e bem-humoradas. Sua engenhosidade, porém, não está presente simplesmente no enredo e nos acontecimentos narrados, mas também, e principalmente, na própria forma com que são narradas. Nesse formato de narrativa, a história só se completa no jogo com o outro: esse narrador trapaceiro só pode realizar sua brincadeira se houver alguém disposto a ouvi-lo. Se nos dispusermos a cair nessas saborosas armadilhas, provavelmente nos lembraremos, então, que a literatura também é contato, troca; que ela é, portanto, algo muito vivo e dinâmico.