A Ilha dos Pássaros Rubros é uma obra poética contemporânea de Antonio Pastori que entrelaça lirismo, política e memória em uma escrita densa e delicada. Dividido em blocos que formam um percurso sensível, como ilhas de sentido, o livro convida o leitor a navegar por temas como repressão, amor, exílio, identidade e liberdade de expressão. Com forte inspiração na história recente da América Latina e referências simbólicas, como o célebre texto de Eduardo Galeano sobre os “pássaros proibidos”, Pastori cria uma poesia que é ao mesmo tempo íntima e coletiva. Cada poema é um voo de resistência, um gesto de beleza em tempos sombrios, construído com linguagem pulsante, musical e imagética. Ao longo de suas 144 páginas, o poeta conduz o leitor por geografias reais e imaginadas — San Vicente, Tabuleiro da Aldeia, Berlinque — lugares que mais do que cenários, são estados de espírito. A musicalidade dos versos se entrelaça com referências à arte, à política, ao amor e à perda.