Metafísica do amor Existes, ou és pura imaginação? Encontro-te, frequentemente, no rosto dos outros, de tanto de te procurar e não te encontrar. Umas vezes nos olhos alheios, outras no colo dos meus anseios. Obrigo-me a despertar da viagem, para perceber se és ou não uma miragem. Nunca soube se, de facto, existirias e ninguém me avisou de que virias. Fazes-te, sempre, presente nas noites mais frias e fugidias. Vestes a minha imaginação, como uma espécie de ficção. Não sei se és deste mundo ou se pertences a um universo mais profundo. Sei apenas, que te encontrei numa fração de segundo, num sem rumo, em contramão, onde não consegui dar-te a mão. Busco o absoluto contigo, num espaço contíguo, onde a boleia do querer encontre a metafísica do amor. Onde o sentido, seja não fazer sentido e o absurdo não passe de um silêncio mudo. Num lugar onde a minha alma se encontre nua e se funda na tua. Marca: Não Informado