As lutas das mulheres são plurais e crescem em todo o mundo, assim como as lutas antirracistas, as lutas ambientais, as dos povos originários, as lutas de trabalhadores a cada dia com menos direitos. Há um ponto comum e crucial entre elas - a necessidade de enfrentar a expansão devastadora do capital. Estamos lutando, aprendendo, construindo e debatendo as teorias urgentes e necessárias, no compasso em que enfrentamos as opressões estruturalmente articuladas à dinâmica capitalista de destruição da natureza, de exploração dos trabalhadores e de extorsão sobre os elos mais frágeis e íntimos da vida social – aqueles ligados à cor da pele, aos sotaques, à reprodução da vida social, aos cuidados, aos afetos. A Teoria da Reprodução Social, ainda em construção, mostra enorme potência ao explicitar o conjunto das determinações sociais que permitem ao mesmo tempo compreender e sentir coletivamente a maneira pela qual estão intimamente ligadas às opressões e à exploração capitalista. Ao deslindar os fundamentos e raízes da conexão entre opressão e exploração, ela exige transformar radicalmente nossa vida histórica e social. Este livro nos mostra que a revolução será anticapitalista, feminista, antirracista, anti-imperialista, anti LGBTQIAPN+fóbica, anticapacitista. Pela igualdade substantiva e por um novo sociometabolismo. Essa é a via da emancipação humana. (VIRGÍNIA FONTES) Marca: Não Informado