Em A vida é traição, Raimundo Carrero, vencedor dos prêmios Machado de Assis (Fundação Biblioteca Nacional), São Paulo, Jabuti e APCA, nos oferece sua Carta ao Mundo. Nesta obra inédita, acompanhamos os conflitos de Solano, um homem dilacerado pela culpa e pelas lembranças da morte da mãe, em uma narrativa profunda sobre perdas e memória. Com uma trajetória que abrange o jornalismo, a crítica literária e a escrita, Raimundo Carrero é um dos pilares da literatura brasileira contemporânea. Autor premiado, foi um dos principais representantes do Movimento Armorial, idealizado por Ariano Suassuna, e conta com uma vasta e consagrada obra, que lhe rendeu importantes prêmios literários, como o Machado de Assis (Fundação Biblioteca Nacional), São Paulo e Jabuti. Em A vida é traição, Carrero nos leva a um mergulho profundo na psicologia humana, tecendo uma narrativa intensa e provocadora. A história acompanha Solano, um homem consumido pela culpa e pela tristeza, que, ao mesmo tempo, vê-se dominado por desejos conflitantes. Desde a infância, ele carrega o peso de ter desejado a morte da mãe um desejo que, ao se concretizar, o afasta da redenção. Em um momento crucial de sua vida, ele é brutalmente espancado e acusado de assassinar a mãe. Enquanto sofre essa violência, revive a dor da perda, a condenação que carrega em seu coração e momentos decisivos de sua infância. Com uma prosa poética espinhosa, desafiadora e recompensadora, como bem descreve o escritor, crítico literário e professor Cristhiano Aguiar no texto de orelha, Raimundo Carrero cria imagens potentes que exploram temas como a culpa, a morte, a fé e a tormenta interior. Ao refletir as angústias do próprio autor, a trajetória de Solano, marcada pelo desejo de morte e pela constante busca por perdão, revela um retrato universal das contradições humanas. A poesia a ser encontrada em A vida é traição, de Raimundo Carrero, é de natureza agreste. Ela é espinhosa, desafiadora e recompensadora. Mastigamos as