Na Segunda Metade Do Século Xix, A Revolução Industrial E Científica Provoca Uma Perturbação Dos Modos De Pensar. A Percepção Artística Evolui. O Fascínio Pela História, Que Marca A Arte Académica E O Gosto Burguês, Dá Lugar Ao Confronto, E Mesmo Ao Choque Entre O Passado E O Presente, Que Caracterizam A Modernidade. O Realismo, O Impressionismo, O Simbolismo E A Arte Nova, Que Se Sucedem Nesta Parte Do Século, Testemunham A Participação Dos Maiores Artistas Neste Debate, De Courbet A Rodin, Passando Por Manet, Monet, Gauguin Ou Van Gogh, Não Esquecendo Odilon Redon, Ensor Ou Klimt. Estes Artistas Querem-Se Libertar Das Referências Estilísticas Do Passado. Primeiro Pela Novidade Dos Temas: Inspiram-Se Na Realidade Social, Desprezando O Belo Académico. Dúvidas E Inquietudes Encontram Uma Resposta Deslocada No Simbolismo, Tornando-Se A Interioridade Objeto De Pesquisa. A Arte Nova Ambiciona A Criação De Uma Arte Ao Serviço Da Vida. Reivindica-Se Em Seguida Um Novo Papel: O Artista Deixa De Ser Pintor De História, Retratos, Paisagens Ou Cenas De Género, Para Passar A Ser Testemunha Do Universo Em Que Se Encontra. Adopta Novas Formas De Pintar: Prefere O Inacabado E A Sensação Fugidia Às Figuras Perfeitamente Modeladas Do Passado; Troca O Atelier Pelo Ar Livre E O Trabalho Sobre O Motivo. Articulada Mais De Modo Temático - A Modernidade, A Paisagem, O Simbolismo, O Ecletismo, A Arte Nova - Do Que Cronolôgico, Esta Obra Debruça-Se Sobre Essa Profunda Mutação Da Arte Que Abre Caminho Para O Fauvismo E Para O Cubismo Do Século Xx.