As Marinhas

Nesta proposta épica de Neide Archanjo, poeta cuja obra lírica anterior garante, de modo privilegiado, o seu lugar no panorama da poesia brasileira, o trajeto da palavra se atualiza na necessidade de comunicar uma experiência de vida. O poema é dedicado ao pensamento da origem, lugar onde a narrativa vai rastrear um EU essencial, fazendo-se ao largo numa viagem de (re)conhecimento pelos ritos iniciatórios: passagens onde a vida e a morte, o mito e a história organizam os próprios termos da linguagem. Os cantos circunavegam os ciclos de uma conquista interior (o Verbo criador, a pedra filosofal, o conhecer-se a si mesmo e o enigma mercurial), enquanto deixam aflorar à superfície da memória uma diversidade de referentes culturais. Apresentação de Sônia Régis. Prefácio de Maria Isabel Barreno. Com Fortuna crítica. Terceira edição.