Um camaleã o muito simpá tico vivia mudando de opiniã o, isto é , de cor. Se encontrava o sabiá -laranjeira, logo ele ficava dourado. Se encontrava o louva-a-deus, ficava verde també m. Mudava de cor como quem troc a de roupa. Parecia um arco-í ris ambulante. E fazia isso para agradar os outros. Mas os outros eram muito diferentes, e ele nã o conseguia agradar todo mundo, porque, como ele matutou sozinho em casa: — Por mais que a gente se esf orce, Nã o pode agradar a todos. Alguns gostam de farofa. Outros preferem farelo... Uns querem comer maç ã . Outros preferem marmelo... Tem quem goste de sapato. Tem quem goste de chinelo... E se nã o fossem os gostos, Que seria do amarelo? Foi aí que o camaleã o tomou uma decisã o.