Karmele Jaio Oferece Em A Casa Do Pai Um Romance Profundo E Bem Construído Ambientado No País Basco Que Convida A Reflexões Necessárias Por Meio De Capítulos Curtos E Prosa Fluida Alternamse Vozes Narrativas Focalizadas Em Três Personagens Ismael Escritor Em Plena Crise Criativa Diante Da Produção De Seu Novo E Aguardado Romance Jasone A Esposa Leitora Crítica E Revisora Dos Livros Dele Que Vive Uma Intensa E Silenciosa Revolução Pessoal Após As Filhas Se Tornarem Adultas E Libe Irmã Mais Velha De Ismael Amiga De Infância De Jasone E Referência Da Vida Inteira Para Ambos O Que Os Une Para Além Das Memórias Compartilhadas Da Juventude É O Desejo De Desconstruir Padrões De Gênero De Investigar A Matéria Sobre A Qual Essas Construções Se Erigem De Resgatar Na Casa Paterna Na Figura Rude E Agora Fragilizada Do Pai Envelhecido O Ponto De Mutação Que Os Levou A Traumas Bloqueios E Desencontros Sobretudo Para Ismael Esse Exame Do Passado E Das Minúcias Do Comportamento De Seu Pai Será Decisivo Para Seu Processo De Escrita Jaio Consegue Abordar Temas Delicados Como Masculinidade Tóxica Mesclando Tensão E Ironia Sem Maniqueísmos Ou Simplificações E Revelar Como A Dinâmica Da Opressão De Gênero Não Depende Apenas De Agressões Físicas Para Se Impor Mas Se Infiltra Com Sutileza Em Todas As Relações Nas Palavras Da Autora Em A Casa Do Pai Tentei Mostrar O Sótão Das Personagens Seus Sonhos Escondidos E Sobretudo Suas Palavras Não Ditas Essas Pala