"""da monarquia à oligarquia"" considera as transformações sofridas pela representação política brasileira durante as duas primeiras etapas de construção do seu estado nacional: a monárquica, vivenciada sob as formas constitucionais imperiais e marcada pela hegemonia da representação enquanto personificação exercida pela coroa (1822-1860), e a oligárquica, que começou a se esboçar sob o império e se consolidou sob as formas constitucionais republicanas, caracterizada pela hegemonia da representação enquanto mandato dos setores oligárquicos (1860-1930).
depois de comparar os dois períodos, o livro aponta a timidez ou a pouca relevância do tema da representação durante a república.
a despeito das intensas divergências que marcaram as oposições entre liberais e conservadores, nenhum deles estava preocupado em ampliar a esfera pública: a divergência política girava apenas em torno da conveniência ou da possibilidade de se tornar efetiva a representação daqueles que, no quadro institucional vigente, já detinham o direito de voto.
ou seja, a controvérsia política não se dava sobre a ampliação do eleitorado, mas em torno da implantação do sistema existente e isto, quando os percentuais de comparecimento dos eleitores às urnas não superava o de 3,5%, taxa inferior de cinco a seis vezes àquelas então verificadas nos países centrais.