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Dedos impermitidos

(Cód. Item 1575637325)

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Luci Collin vem construindo uma obra vasta e intensa nos últimos anos, sobretudo no vigor poético da sua prosa. Não quero com isso sugerir uma dicotomia simples entre prosa e poesia mas, em sua escrita múltipla, Collin de fato tem uma voz razoavelme nte unificada e estável nos versos, ao passo que na prosa realiza uma verdadeira explosão de modos, ritmos, tons, personas, que vão construindo a cada peça toda uma nova história da linguagem possível e impossível. É como se seus versos fossem uma fa ceta possível em seu leque amplo, dentre as muitas que na prosa podemos ver mais facilmente. Isso é um verdadeiro  tour de force  das potencialidades na escrita, ainda mais num país que historicamente aposta tanto em certo estilo jornalístico e insosso atrelado a um realismo triste do terceiro mundo. Collin parece recusar qualquer uso de uma linguagem pré-fabricada, bem como as noções caducas de realismo.  Para se ter uma ideia disso, basta comparar os primeiros contos desta nova co leção como amostra da paleta: “Intro-” se desenvolve pelo coloquial quase-falado da narração em primeira pessoa, que conta em deriva uma tentativa fracassada de comprar um sofá no shopping “Florilégio” se volta para a narrativa em terceira pessoa, n uma descrição incômoda da vida como monstruosidades compiláveis e intermináveis dispostas em herança, a partir da vida de uma mulher já “Da capo” parece um poema em prosa, com sintaxe longa, subordinadas angulosas e vozes entremeadas quase sem pontu ação, numa pequena selva barroca em forma musical. Essa vertigem vai se desdobrar ao longo de todos os contos destes  Dedos impermitidos, porque cada um deles é uma vida única, ou um conjunto complexo de vidas atravessadas como linguagem, levando ao extremo a ideia de polifonia tal como a encontramos em Bakhtin, num só gesto que abraça o riso e o trágico, como no esfacelamento amoroso de “Sol pertencente”, o banal e o absurdo nos vários narradores da vida de Jonathan Swift em “O deão não ras teja”, ou a complexa sobreposição de camadas do belo “Divinatório”.  Mas isso não tem o menor gosto de comprovação teórica pelo contrário, Luci Collin expressa um olhar muito atento ao mundo em volta, seja para recontá-lo, seja para recriá-lo. Isso tudo com sua devida abertura ao inacabado, como podemos depreender das palavras do narrador de “Absoluta depuração” último conto do livro: “Ainda faltará falar de muitas coisas. Tudo é alusivo”. Sim, alusivo e misturado, como quem renova a recei

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