Em distintos espaços e tempos, em diferentes áreas (educação, política e artes), temos observado como a capilaridade do poder se faz presente e se exerce na vigilância, na disciplinarização de corpos e sujeitos, como já refletia Michel Foucault na clássica e importante obra “Vigiar e Punir” (1975). Não obstante, como próprio de uma tarefa de cartografar uma problemática do contemporâneo, frente a esse exercício de poder, também importa lançarmos luzes sobre as práticas de resistência, transgressão e de contracondutas exercidas pelos sujeitos contra os discursos de ódio, violência, silenciamento e de normalização de condutas. É a partir desta inquietação que nasce este livro, que se debruça sobre as ressonâncias de “Vigiar e Punir” na atualidade, após 50 anos de seu lançamento. Em primeira instância, busca compreender a historicidade da recepção, circulação e utilização das reflexões desta obra e, inerentemente a esse processo, expor sua proficuidade teórica e metodológica para os Estudos Discursivos Foucaultianos, a partir de olhares analíticos sobre problemáticas e materialidades do contemporâneo. Marca: Não Informado