No diálogo instaurado entre o discurso científico, o discurso das artes, a moda e a mídia, o livro A edição do corpo: tecnociência, artes e moda se interroga sobre como a cultura corporal vem sendo pautada no contemporâneo. Que aspectos vêm sendo enfatizados? Perfeccionismo estético? Saúde? Metamorfoses e hibridações? Desmaterialização utópica? Materialidade trágica? Da biologia à neurociência, da genética às pesquisas cognitivas, a inteligência contemporânea trabalha a desconstrução das certezas e referências estáticas e uma verdadeira reengenharia do corpo impõe a pergunta sobre os limites do humano. A questão comunicacional torna-se central na construção de novos quadros epistêmicos. Um corpo mais dinâmico e também mais impreciso e interativo é elaborado no discurso artístico e, na moda, a dinâmica do consumo multiplica as estratégias que valorizam a inclusão do corpo nos processos de subjetivação. As diferentes relações entre corpo, moda e cultura dos anos 50 à atualidade, dão lugar ao desenvolvimento de algumas categorias que ajudam a compreensão do fenômeno nas suas múltiplas conexões: a moda proposta e os corpos dóceis dos anos 50; a moda prótese e os corpos rebeldes dos anos 60 e 70; a moda fetiche e os corpos marcados dos anos 80; a moda álibi e os corpos multiculturais dos anos 90 e a moda instalação e os corpos interativos da atualidade. Sumário - Prefácio; Introdução; I - Nas fronteiras do corpo; II - Uma antropologia corporal e o imaginário das artes plásticas da representação à simulação; III - As palavras e os corpos; IV - O corpo comunicativo da dança; V - O corpo da moda, o corpo das marcas; VI - Dinâmicas do mundo fashion; VII - A edição do corpo luxuoso; VIII - Brasil da identidade à marca; Bibliografia. Marca: Não Informado