Esta Obra Se Ocupa Do Projeto Educador Dos Gregos Direcionado À Infância. Imersa Nesse Projeto, Ganhou Destaque, Desde Os Primórdios, A Chamada Paiderastía, Termo Que Não Comportava O Mesmo Significado Jurídico E Semântico De Nosso Pederastia. Foi Uma Iniciativa Que Perdurou Por Séculos E Que, Mesmo Entre Os Gregos, Transitou Como Uma Das Proposições Mais Espinhosas E Controversas. São Dois Aspectos Distintos Aqui Levados Em Conta: Um, A Extraordinária Importância Que Os Ideais Da Paiderastía Alcançou No Trajeto Histórico Que Fez Da Educação Um Dever Do Estado E Que Pôs Na Infância A Esperança De Renovação E De Qualificação Da Civilidade; Outro, O Modo Como Tais Ideais Transitaram Na Posteridade Sob As Ambivalências Do Vício E Da Virtude, Da Retitude E Do Desvio, E De Outros Atropelos Que, De Tempos Em Tempos, Sofreram Na Vida Prática. Sem Deixar De Lado O Segundo Aspecto, A Obra Prioriza O Primeiro: A Relevância Da Paiderastía (Do Cuidado Amoroso Dedicado Ao Paîs/Paidós) Dentro Dos Ideais Cívicos Concebidos Por Licurgo, Retomados Por Sólon, Aprimorados Por Péricles E, Enfim, Acolhidos Pela Kallípolis, Pela Cidade Bela Ideada Por Platão. De Um Ponto De Vista Metodológico, A Obra Mescla A Exposição Histórica E A Análise Conceitual E Dá Destaque A Dois Outros Temas Igualmente Controversos E Relevantes: O Da Homossexualidade E O Do Estupro (Da Violação).