MENINO DE VENTO Onde quer que seja visto o menino forasteiro, na tarde feita de escravos e aventais escuros ele insufla a noite de pavores. Onde quer que seja visto - cria do que simplesmente vem-, ele impõe seu culto de tam-bores e bacantes, infinito caracol de horas em claro. E se põe diante de uma orquestra. E o lago cobiça dificili-ma estrela. E cinge a madrugada com seu tirso. E, metido em ternos de linho, insiste em cantar. Até que a manhã de sol, férula do asfalto, o ponto assinado e esta folha ao léu de uma vez o encerrem. Tropeçando, então, ele vai. Marca: Não Informado