Um profissional ao denominar-se terapeuta ou assessor em Estimulação Precoce, assume grande responsabilidade não apenas na construção de seu argumento teórico, mas, especialmente, na condução e sustentação ética, política, subjetiva e instrumental acerca dos efeitos de suas intervenções sobre o desenvolvimento e o processo de constituição (estrutural e instrumental) em especial, das crianças de 0-3 anos. O silêncio simbólico é um momento estruturante em que o ser falante ou o bebê deixa de estar alienado e encantado pelo Outro. O bebê começa a navegar pelas suas próprias águas e mares, em que a operação de separação deverá advir. Uma subjetivação singular necessita da operação de alienar-se ao desejo do cuidador primordial, com suas prosódias e seduções, e depois caminhar em posterior operação de separação. Mas, não esqueçamos: a subjetividade propõe o trajeto necessário da alienação e encantamento do Outro enquanto cuidador primordial. Dorisnei Jornada da Rosa e Maira Fabiana Brauner.