Entre nomeações, silêncios e transmutações, Eu, apesar é uma travessia íntima por dores que não se escondem, mas se transformam. Em contos, crônicas e poemas, Patrícia Rodrigues Martínez percorre experiências que tocam o que é coletivo por meio do que é profundamente pessoal. Neste livro, a dor não é espetáculo nem castigo, é matéria-prima, é trânsito. As palavras emergem de perdas, reencontros, maternidades fragmentadas, migrações afetivas e memórias insubmissas. Cada texto carrega vestígios de gente real amada, ferida, lembrada e de uma autora que se debruça sobre si e sobre o outro com coragem e linguagem aguda. Para quem já atravessou o abismo entre ser prioridade e ser resto. Para quem aprendeu que fim também é começo. Para quem sabe que, apesar da dor, ainda há arte.