Eu: quinzinho passava o dia inteiro sentado numa cadeira na sala de sua casa vestindo uma capa ideal cinza, que o cobria até os pés. A capa era fechada com botões dourados, e, no quadril, havia dois bolsos falsos onde ele enfiava as mãos. Acostumado ao trabalho braçal, não suportava vagabundo. Após escrever suas memórias, ficou preso à cadeira, de onde passava e repassava as suas lembranças. Deixou sua denúncia quando a vila se transformou em cidade. Era contra a modernização, pois para ele só produzia a perdição. Antes de morrer, pediu à sua mulher para dar continuidade. Ela: Lurdinha era o oposto. Enfurnada na fazenda, queria conhecer o novo. Viver! Pulou na garupa do primeiro que apareceu. Os outros: padre Mateus tinha vocação para ser mundano, mas a mãe o queria padre e ele, só mulher. Beata Florinda, alcoviteira, cafetina, fez amizade com o padre, que se aproveitou dos prazeres do corpo feminino. A obra possui temas sensíveis e pode gerar desconforto ou acionar gatilhos emocionais