Mais um lançamento da Coleção LêProsa Cadelada, uma escrita que assunta o mundo, fareja as palavras, não elege assunto, desfila papo, instiga. Os textos aqui reunidos, cada qual com a sua história, surpreendem de um jeito cão e, de repente, uma la mbida na fuça, desfilam graça e abanam o rabo para as convenções. Marta Neves escreve como quem tem faro, tem instinto literário. “Literatura cê vai fazendo à medida que levanta” e, estabelece diálogo entre mundos. Aqui, a sua atuação de décadas nas artes plásticas e o trabalho com a imagem associada a palavra dão pistas da genuína habilidade de aguçar imaginações frente ao texto. Para finalizar este convite para adentrar, trago a mesa de um bar, numa calçada qualquer de BH. Encontrar Marta Neve s é demorar-se na leitura e apanhar gosto de frequentar. As suas narrativas fluem como as de contadores de histórias, toda prosa, companhia prazerosa quem fez correr por estas páginas e, lá pelo fim do livro, querer gritar: – Traga a saideira, Marta ! Não vou me embora, quero ler mais. [Nívea Sabino] Projeto Gráfico: Casa Rex Ilustrações: colagens digitais de Marta Neves Coleção LêProsa