Desde o meu primeiro contato com a escrita do Pedro, sempre entendi que ele dizia de pessoas, de todas elas, eles, nós, ele, elas. Feito bacia em franco reflexo, espelho abrasivo que acolhe quando indaga o escritor: Já parou pra pensar tudo que um corpo carrega? Pedro já. Retirando dos bolsos verbos afiados, adjetivos dissecados e ideias embebidas em humanidade, nos mostra, letra após letra, que existir é, de fato, uma fatalidade. Não ouso dizer dos Flauvertes, eles que são fúgubres. Há suficientes qualidades e tipologias destes para que ao final há final? cada leitor já tenha identificado a menos um de seus Flauvertes particulares. Das aspirais... Bom. Há a assinatura de Pedro em todas elas, como não poderia deixar de ser. Iniciamos uma linha com a cabeça sobre um pescoço, logo à frente, já não sabemos mais. Por isso, sentidos atentos, olhos afiados! Ana Luíza Freitas Marca: Ipê das Letras