E comecemos pela problematica: ao longo de todo o livro Folhas venenosas do discurso: um dialogo entre Oswald de Andrade e Joa~o Ubaldo, desde a introduca~o, e o objeto da literatura comparada que esta em questa~o, e num contexto ainda precario de seu estabelecimento e exploraca~o de todas as suas conseque^ncias, sobretudo as de gesta~o da sua forma e conteudo nos espacos institucionais situados em periferias de nosso sistema cientifico, enta~o, quase 30 anos depois, identificamos sob o crivo da critica cultural, que o problema da relaca~o entre valores envolvendo series literarias e culturais continha, digamos, um ponto cego, que era a questa~o da lingua, de um ponto de vista linguistico mesmo, isto e, a incontornabilidade entre significante e significado, a arbitrariedade do signo e a questa~o do valor (Saussure, 1916 [2006]; Fiorin et. all., 2013) que, a`quela altura, o deixavamos sob a responsabilidade da propria literatura, acentuando com isso a divisa~o da grande area dos estudos linguisticos e literarios