Globalistas: O Fim Do Império e o Nascimento do Neoliberalismo

Você está diante de uma História da Ordem Neoliberal. As transformações do pensamento liberal que levaram à formação da Escola de Chicago e de diversas instituições internacionais são tributárias ao que o historiador canadense Quinn Slobodian chama de Escola de Genebra, cujos objetivos remontam ao desejo de restauração da decadente Ordem Imperial, da qual o Império Britânico seria a quintessência. O neoliberalismo não se resume a uma doutrina econômica ou ao conjunto de medidas políticas associadas à redução do papel do Estado na economia, tampouco reflete exclusivamente a ideia de contraposição entre Estado e economia. A partir da tentativa de reconstruir um ambiente econômico considerado global, desintegrado após o fim da Primeira Guerra Mundial, os intelectuais do neoliberalismo procuram, no começo, apontar o legado e, das ruínas dos Impérios Habsburgo e Otomano, recriar uma atmosfera em que as relações econômicas são pretensamente pouco afetadas pelas tensões políticas e sociais. Este movimento, cujas reivindicações alcançavam toda a Terra, é nomeado nesta narrativa como globalismo, termo que tem suscitado outras discussões contemporâneas, com as quais pouco se relaciona conceitualmente.Slobodian recria em ricamente detalhada narrativa o nascimento do neoliberalismo a partir das ruínas dos antigos impérios europeus. Contudo, não aponta para uma substituição de modelos, mas para uma ampliação de sua escala. O neoliberalismo, portanto, não deixa de ser doutrina econômica, mas vai além e se estabelece como uma Ordem Global.Aí reside a relevância deste livro: a pintura é o estudo ótico mais antigo da humanidade. Sua obra não é exatamente uma teoria das cores, mas como na natureza tudo está colorido, como escreve Cézanne, o estudo do olhar passa pela pesquisa da dinâmica das cores no espaço.

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