Este ensaio versa sobre o medo e sua libertação, e o fio condutor é o pensamento do Mal, cuja referência histórica é Auschwitz como símbolo de uma nova forma da morte e da maldade. Filosoficamente, encontram-se referências abundantes a Hobbes e Hegel. Quanto ao pensamento de Deus, há toda uma interlocução com o mesmo Hegel e com Descartes. Teologicamente, é ampla a discussão com pensadores judeus, católicos, protestantes e evangélicos, onde o parâmetro é o pensamento sobre a maldade tal como se desenvolve durante a Guerra e após. Politicamente, há tanto uma reflexão sobre a experiência nazista quanto a análise de um teórico do nazismo como Carl Schmitt e de um operador como Himmler. Historicamente, as referências são a Alemanha, com destaque para a ascensão do nazismo e sua prática totalitária, e a França durante a ocupação, realçando a resistência espiritual , encarnada pelos jesuítas congregados em Lyon, e o papel dos Conselhos judaicos, com ênfase na grande figura moral de Adam Czerniakow, prefeito do Gueto de Varsóvia.