Os mitos são feitos para que a imaginação os anime. A provocação de Albert Camus foi ouvida por diversos filósofos e artistas contemporâneos, que propuseram variantes distintas do célebre embate entre Teseu e o Minotauro no centro do labirinto de Creta, onde o monstro devorava anualmente 14 jovens atenienses até ser assassinado pelo jovem príncipe Teseu. Embora dialoguem com todos esses predecessores (nomes como Nietzsche, Deleuze, Borges e Cortázar), Alexandre Costa e Patrick Pessoa propõem uma interpretação subversiva do mito: neste novo Labirinto, os nobres (gregos) deixam de ser idealizados e agora são os anônimos, silenciados em todas as versões anteriores, que finalmente ganham vez e voz.