Liberdade é reconhecer que estamos no que é nosso é um estudo na área da História Social que busca documentar as trajetórias de lutas, permanências e resistências vividas por negros remanescentes de quilombos na conquista de seus territórios. O primeiro passo foi delimitar a área de estudo e escolher quais aspectos da cultura quilombola seriam abordados, considerando a riqueza dessa cultura em diversos âmbitos. A partir disso, optou-se pelas comunidades do Rio das Rãs e da Brasileira, sendo o foco deste estudo o modo de vida dessas comunidades, as experiências construídas e reconstruídas em seu cotidiano, em suas próprias relações tanto com órgãos e instituições representativas do poder público quanto com organizações não governamentais que atuaram ou ainda atuam nos espaços onde esses sujeitos criam e recriam modos de vida peculiares. O trabalho foi ganhando forma à medida que conhecíamos os moradores, por meio da realização de entrevistas realizadas em dois momentos: em 1997, quando os moradores das comunidades de Rio das Rãs e da Brasileira ainda vivenciavam o conflito de terra; e entre os anos de 2004 e 2006. Marca: Não Informado