Em fevereiro de 2020, aos 93 anos, falece Lili, sobrevivente do Holocausto, mãe de três filhas e viúva. Sua doença vinha se estendendo há tempos, mas isso não faz com que a dor de sua partida seja menor. A banalidade da causa, uma infecção nos pés , é confrontada com um sentimento de descrença. Como é possível que aquela que sempre esteve presente não exista mais?
Com domínio narrativo único e uma honestidade perturbadora, Noemi Jaffe relata os primeiros dias após a perda da mãe, indo fundo em suas lembranças e seus anseios para produzir uma história sobre a morte, mas também sobre o que fica depois dela.
À medida que escreve para combater o luto, Noemi torna mais e mais palpável a presença da mãe, recém-falecida. E quando o leitor vira a última página, o coração de Lili bate para sempre. Um livro tão comovente que chega a doer. ? Joca Reiners Terron
O que mais dói, quando perdemos alguém? Ao falar sobre a morte da mãe, este livro delicado de Noemi Jaffe consegue dar conta desse tema sem fim, a ausência. Acolher a memória como se fosse o colo onde você apoiou a cabeça desde sempre, até esse nunca mais. Guardar a voz, que já não diz seu nome. Saber o gosto da comida, que já não é servida. Reter o cheiro daqueles ventos só dela. E sorrir de novo, graças a tudo isso, se equilibrando nesse fio fininho, nessa película de ar . ? Zélia Duncan
Gênero: Ficção
Ano: 2021
Edição: 1ª
Número de páginas:112
Acabamento: Brochura
Formato (Lcm x Acm):11x15,8