Este trabalho examina as formas que a arquitetura dos museus adquiriu a partir dos anos 1970, no contexto das mutações ocorridas na ordem cultural e econômica mundial: inicia-se pela análise do Centro George Pompidou, em Paris 1977 , dos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers, considerado o marco inaugural da dita "cultura dos museus". Passa, posteriormente, ao exame do Guggenheim Bilbao 1997 , de Frank Gehry, tomando-o como sintoma da arquitetura icônica e midiática. Em seguida, mostra que, em razão do desaquecimento da "economia real", resultante das sucessivas crises financeiras internacionais, houve uma reorientação da arquitetura dos museus para formas menos espetaculares, como evidenciam a ampliação do Museu do Prado 2007 , em Madri, de Rafael Moneo, e o novo Louvre, em Lens 2012 , na França, de Kazuyo Sejima e Ryue Nishizawa SANAA . Constata, ao final, a retração dessa "cultura dos museus", indiciada tanto no abandono da arquitetura icônica quanto no protagonismo assumido pela cidade, nos últimos anos, em detrimento da forma arquitetônica.
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