Há mais em comum entre a ciência e a espiritualidade do que supunha o cientificismo estritamente materialista até há bem pouco triunfante. É o que mostra, Neste trabalho, José Tadeu Arantes. O extraordinário prestígio alcançado por diferentes disciplinas científicas, coincidindo com a crise espiritual que se costuma resumir na proclamação da morte de Deus por Nietzsche no final do século XIX, produziu a falsa impressão de um divórcio irreversível entre ciência e espiritualidade. A ciência chegou Mêsmo a ser vista como substituta da religião para a explicação do mundo e da vida. Elas compartilham o Mêsmo passado. E existe entre ambas mais irmandade do que antagonismo. Como lembra José Tadeu Arantes, o xamanismo pré-histórico, o shaiva siddhanta indiano, o taoísmo chinês, o pitagorismo e o neoplatonismo gregos, a kabbalah judaica, a alquimia cristã e o sufismo islâmico, temas dEste livro, exerceram papel decisivo na concepção e evolução da ciência.