'Só acredito em um deus que saiba dançar' apresenta em suas 408 páginas um mapa psicoespiritual de trabalho interior a partir do sufismo, buscando por meio de suas múltiplas aproximações e interrelações um deus devir, um deus movimento, um deus que dança. A mística selvagem dos sufis é o tema de fundo desta obra, cujo título se inspira no texto de Friedrich Nietzche, em Zaratustra. O autor mescla poesia, filosofia e história, ousando fazer voos inusitados, tais como apresentar o poeta Arthur Rimbaud como um sufi qalandar, ou mesmo aproximaro sufismo do budismo e do dzogchen. Esse é um livro múltiplo e prático, reunindo mapas sobre zikhr (autorecordação), eneagrama, muraqaba meditação sufi, sama (dança dos dervixes), além de regras naqshbandis e da pedagogia sobre estados (hal) e estágios (maqam) do itinerário interior. O autor aborda o sufismo como um Islã invisível e remete também aos grandes sufis da história - Jallal u-din Rumi, Ibn Arabi, Mansur Hallaj e Shihab al-din Sohravardi.