Este não é um romance comum — é uma travessia. Uma escrita de alto risco subjetivo e estético, que rompe com as convenções narrativas para mergulhar num fluxo de consciência pulsante, onde o eu-autor e o eu-personagem se confundem, desafiando os limites entre a poesia, a filosofia, o delírio metafísico e a insurgência política. Com uma linguagem densamente lírica, sensorial e provocadora, esta prosa experimental ressoa uma cadência brasileira — visceral, indomada, corajosa. É uma literatura que queima: fala da morte do pai, do erotismo como abismo, da falência dos afetos diante do maquinário técnico-capitalista. E da palavra como trincheira, abrigo e reinvenção. Aberto, anticanônico e intensamente confessional, o livro convida o leitor à vertigem — ao espanto, ao desconcerto, à beleza feroz de quem não teme se despir no ato da escrita. Para quem busca mais do que histórias: experiências. Para quem lê com o corpo inteiro. Uma obra que não apenas se lê — se atravessa. E, com sorte, se sobrevive.