Marina espera por seu pai, que prometeu um dia voltar de uma longa ausência, para juntos finalmente, conhecerem o mar e comprarem uma ilha na qual a família inteira se reuniria e seria feliz para sempre. Mas nada é tão simples quanto parece – e a fantasia é também uma espécie de escudo que protege a infância de verdades mais duras. E se cada gota de lágrima derramada na difícil despedida entre filha e pai guarda a promessa da imensidão do mar, a pureza e a inocência são também as formas mais bonitas da esperança. Em Meu pai saiu para fazer barcos, Pablo Morenno escreve, em uma linguagem carregada de poesia e simplicidade, uma bonita história sobre o tempo, a experiência e a aprendizagem, e sobre a vitória da lembrança que se transforma em uma ponte que une passado e futuro. Tadeu Sarmento. Escritor.