A menina que flertava com a morte conta como foi salva pela palavra escrita. Em cada página, personagens fantasticamente reais incorporam-se: a irmã morta, que era a mais viva entre todos a avó, comedida em tudo, menos na imaginação a família que p recisou de uma perna fantasma para andar no novo mundo as tias que viravam flores para não murchar. Como repórter, escritora e documentarista, Eliane Brum sempre indagou sobre como cada um inventa uma vida, cria sentido para seus dias, com tão pouco . Em meus desacontecimentos, conta como ela mesma se arrancou do silêncio para virar narrativa. Nesse itinerário de dentro para dentro, a autora percorre-se com delicadeza, mas sem pudor. Mais do que se revela. Oferece-se ao leitor nua. Quase em sacr ifício. Marca: Não Informado