O que leva as pessoas a trilharem caminhos jamais imaginados? No fluxo da vida social, na constituição dos sujeitos, apresentam-se visíveis e invisíveis fatos da realidade que nos conduzem para o imaginável-idealizado ou para a concretude do vivido social. Como membros da sociedade, nós dialogamos uns com os outros e sobre nós mesmos. E, para pensarmos, usamos as categorias institucionalizadas de que dispomos em nossa vida cotidiana. O social coletivo exerce pressões classificatórias. Enquanto indivíduos, temos motivos para nos contrapor e resistir. Mas nem sempre o momento, o espaço, o lugar ou o tempo conjugam-se harmoniosamente em nossas experiências de vida. As instituições promovem padrões e ocultas classificações para direcionar o sistema relacional e as atitudes morais- -sociais. No mundo contemporâneo, o trabalho ainda permanece com a divisão elaborada a partir do corpo, numa relação analógica da cabeça com a mão; uma analogia ainda usada para justificar a estrutura de classes, as desigualdades do sistema educacional e a divisão do trabalho-trabalhador. Esta obra relata as observações percebidas e registradas nas práticas de um grupo de trabalhadores em condição liminar: a produção das identidades e a constituição das relações simbólicas como força integradora do homem ao seu meio social. A etnometodologia aproximou-nos dessas práticas cotidianas e dos sentidos que são dados para os acontecimentos. As reflexões sustentam-se pela premissa de que os fenômenos psicológicos e sociais estão interligados por meio dos encontros transformadores; são construídos nas vivências entre o sujeito singular (psicológico) e o sujeito social (sociológico). Revisitando a antropologia, a psicologia social e a sociologia, esse diálogo teórico de análise social descreve a experiência humana em mundos sociais particulares. Os modos de ser e de fazer contêm o movimento da dinâmica interacional e o processo das identificações e da construção das identidades pessoais, profissionais e