Entre a água e a palavra, o homem, o escritor, uma entidade aquática. No caminho corrediço que se abre, um reflexo líquido escorre da beira sôfrega de uma pele inundada. Como se uma mesma Palavra (a Palavra com P maiúsculo) esbravejasse a mesma intenção, mas em línguas distintas. Líquido e corpóreo, mar e desejo. "Chego à crista palavrondulada, enquanto eu quase afogado, inerte. Traduzido por um espelho que, líquido, desaprendeu a refletir os contornos escritos do meu verdadeiro nome submerso. Desisto, deixo meu corpo sacolejante, mareante no caldo interestelar, se eu pudesse escrevia o céu de mar", como diz o autor. Marca: FOLHAS DE RELVA