O Presente Livro Baseia-Se Numa Análise Comparativa Entre França E Portugal Sobre A Forma Como Os Estados Regulam E Respondem Aos Desafios Colocados Pelos Acidentes E Catástrofes E Pela Presença No Espaço Público Das Vítimas E Dos Seus Familiares. Conclui-Se Que, Mais Relevante Do Que Construir Uma Genealogia Do Conceito De Vítima, O Que É Fecundo Teórica E Epistemologicamente É Perceber Como Os Diferentes Atores Presentes Neste Campo ? Do Estado, Às Empresas, Às Vítimas, Seus Familiares E Representantes - Procuram Circunscrever Ou Normalizar O Impacto Da Vitimização Nas Políticas De Cidadania, Ou No Caso Das Vítimas E Suas Associações, Como A Condição De Vítima É Potenciadora Da Configuração De Uma Lógica De Cidadania E De Acesso A Direitos. Para Além Dos Mecanismos Convencionais De Análise Dos Processos De Vitimização, Interessa-Nos Perceber Como Uma Fenomenologia Do Desastre, Como A Questão Do Sofrimento E Do Corpo Permite A Análise Da Produção Dos Laços Sociais E Dos Coletivos, Muitas Vezes Na Luta E Na Reivindicação, Mas Também No Silêncio, No Recolhimento Ou Na Rememoração.