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O navio, o rio e o porto: esses são os espaços em que se movimentam as personagens principais deste livro - os tripulantes das embarcações que ligavam Corumbá, Assunção, Buenos Aires e Montevidéu nas primeiras décadas do século XX. Do Mato Grosso aoestuário do Prata, esses homens viviam um mundo de fronteiras: entre nacionalidades diversas, entre ritmos diferentes da natureza e da máquina a vapor, entre as regras de convívio e trabalho nos navios e em terra. A vida que levavam como embarcadiços se aproximava daquela dos que ficavam nos portos: tinham experiências em comum, reivindicações parecidas, lutava, por ideais semelhantes em associações, sindicatos e federeações. Ao realizar uma análise sobre um grupo específico de trabalhadores, esta obra oferece uma reflexão sobre as condições da solidariedade operária, nacional e internacional no início do século XX.