Em abril de 1825, o baleeiro estadunidense Oeno naufragou próximo às Ilhas Fiji. A tripulação sobreviveu ao acidente, mas foi atacada por uma tribo inimiga. William S. Cary foi o único a escapar, escondendo-se em uma caverna. Capturado pelos nativos, não foi morto. Pelo contrário: foi adotado pelo chefe local e viveu quase uma década entre os fijianos. Seu relato deu origem a este livro, “Náufrago nas Ilhas Fiji”, em que Cary descreve sua adaptação a uma cultura completamente diferente, participando de guerras tribais, assistindo a rituais canibais, a ritos de execução e vivendo nu, sob o sol e os mosquitos, tal como um nativo. Esquecido em uma região tão remota, foram várias as tentativas sem sucesso de voltar para casa. Depois de seis anos, quando Cary finalmente conseguiu embarcar em um navio de bandeira estadunidense, este também naufragou, mas ele não desistiu do seu plano. Foram necessários mais três anos até que surgisse uma nova oportunidade de embarcar em um navio com destino aos Estados Unidos, onde finalmente chegou, em outubro de 1833. Desacreditado, seu relato ficou esquecido até 1887, quando foi encontrado por acaso em uma casa de peixe abandonada em Nantucket, cidade natal de Cary, e publicado pela primeira vez. Com tudo o que é contado neste livro, chega a ser difícil de acreditar que Cary tenha sobrevivido a tanta coisa. Mas, como está no prefácio da primeira edição em inglês, esta é, sim, uma história inacreditável. E a sua melhor parte é que ela é real. Boa leitura!
Marca: Não Informado