Como trabalhar sob uma perspectiva antirracista nas disciplinas de CiênciasExatas? Creio que essa pergunta desafia docentes dessas áreas, tanto quantoou mais que outros profissionais da Educação. Desde que a Lei n.º 10.369 foiimplantada em 2003, tornar aquilo que se estabeleceu por força legal emprática esbarra, sempre, na dificuldade de apropriação do tema pelacomunidade escolar.Os textos apresentados nesta publicação pensam o espaço, a cultura e asciências tidas como “duras” a partir de diferentes vivências e inquietaçõestrazidas por pesquisadoras negras, em sua prática docente. A problematizaçãoda segregação socioespacial, a quebra de modelos eurocêntricos, aafrocentricidade na composição de currículos são apenas alguns dos temasque o leitor irá se deparar, mas não espere aqui sistema adiabático!O livro vem mostrar possibilidades de integração de modo que as questõesétnico-raciais possam estar permeadas na formação dos estudantes e noreposicionamento das práticas docentes, e não serem lembradas apenas emdatas específicas. Deixo aqui meu convite aos colegas químicos, físicos ematemáticos para essa leitura com o desejo que possamos tornar nossa açãomais inclusiva e diversificada, reverberando em outro modelo de sociedade. Marca: Não Informado