Clássico Originalmente Publicado Em 1885 Na Alemanha, O Volume É Peça Imprescindível Para A Compreensão Plena Do Livro I, E Trata De Forma Abrangente Do Processo De Circulação Do Capital, Desde O Consumo Até A Distribuição. Um Dos Pontos Importantes Examinados Por Marx É A Relação Entre O Tempo De Produção E O Tempo De Circulação Para A Realização Plena Do Mais-Valor Já Criado. A Edição Ganha No Brasil Textos Adicionais Inéditos Selecionados Por Rubens Enderle, Especialista Na Obra De Marx E Também Responsável Pela Tradução Da Obra Diretamente Do Alemão. A Edição Da Boitempo É A Primeira No Mundo A Basear-Se No Conjunto Publicado Recentemente Pela Mega-2 (Marx-Engels- Gesamtausgabe), Instituição Detentora E Curadora Dos Manuscritos De Karl Marx E Friedrich Engels, Considerada Por Estudiosos A Edição Definitiva D O Capital De Marx. Esses Documentos, Que Nunca Haviam Sido Traduzidos Para O Português, Permitiram A Reconstrução Dos Manuscritos Em Sua Totalidade. Além Disso, O Livro Ii Recebe O Acréscimo De Treze Textos autênticos De Marx Descartados Por Engels Em Sua Edição Da Obra. Os Excertos Compõem O Apêndice Da Edição Brasileira E Dão Um Panorama Único E Nunca Antes Visto Dos Rascunhos Iniciais De Marx, Mostrando Os Seus Primeiros Passos Para Desenvolver Conceitos-Chave De Sua Teoria, Como Esquemas E Processo De Reprodução. Com A Nova Edição, O Leitor Tem A Chance De Debater A Teoria Marxiana A Partir Das Impressões Do Próprio Autor. A Edição Da Boitempo Indica As Intervenções Feitas Por Engels Na Estrutura Da Obra Ou Seja, Na Organização Dos Temas, Na Divisão Das Seções, Dos Capítulos (E Subcapítulos) E Nos Títulos A Eles Eventualmente Conferidos. O Volume Traz Ainda Um Prefácio À Edição Brasileira, Assinado Pelo Cientista Político Alemão Michael Heinrich, Professor De Economia Na Universidade De Ciências Aplicadas, Em Berlim, E Colaborador Na Mega-2. Em Seu Texto, Heinrich Desmitifica A Má Fama Do Livro Ii A Parte Mais Subestimada Deo Capital , Considerado Uma Leitura Bastante Árida Sobre As Formas Cíclicas E Os Movimentos De Rotação Do Capital. O Livro I É Considerado Uma Obra Prima, Do Ponto De Vista Tanto Do Conteúdo Como Do Estilo; O Livro Iii Aborda As Relações Concretas Lucro E Crise, Crédito E Capital Acionário Que Determinam O Cotidiano Capitalista. E O Livro Ii Na Realidade, Esse Volume Tem Uma Enorme Importância Para A Compreensão Da Crítica Econômica Marxiana E Por Duas Razões Totalmente Distintas: A Primeira Diz Respeito À Matéria Nele Tratada; A Segunda, À Posição Que Os Manuscritos Desse Volume Ocupam No Processo De Formação Da Obra Magna De Marx. Sua Importância Está Sobretudo Em Apresentar O Capital Como Unidade Dos Processos De Circulação E De Produção , Afirma Ele. O Professor De Sociologia Da Unicamp Ricardo Antunes Defende Que O Livro Ii De O Capital Oferece Pistas Para Se Compreender E Atualizar A Teoria Do Valor-Trabalho, Presente Em Fenômenos Contemporâneos, Como O Papel Predominante Das Tecnologias De Informação, Dos Novos Serviços E Da Produção Imaterial. Ao Contrário Do Fim Do Valor, Tão Alardeado Há Décadas, O Que O Mundo Produtivo Vem Presenciando É A Expansão Sem Limites De Novas Formas Geradoras Do Valor, Ainda Que Sob A Aparência Do Não-Valor, Enfatiza Antunes.