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ISBN | 978-65-86481-00-6 | ||
Palavras-chaves | Diversidade sexual. 2. Relações étnico-raciais. 3. interseccionalidade. | ||
Assunto: |
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Edição | 1ª | Ano | 2020 |
Dimensões em cm: | 16x23 | Págs. | 193 |
Sobre a autora
Megg Rayara |
Megg Rayara Gomes de Oliveira, travesti preta, é graduada em Licenciatura em Desenho e Especialista em História da Arte pela escola de música e Belas Artes do Paraná. Especialista em História e Cultura Africana e Afro-Brasileira pela Universidade Tuiuti do Paraná. Mestra e Doutora em educação pela Universidade Federal do Paraná. É professora adjunta e professora credenciada no Programa de Pós-Graduação em Educação na Universidade Federal do Paraná. Atualmente está coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) da Universidade Federal do Paraná. Pesquisa educação, relações e´tnico-raciais, gênero e diversidade sexual
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Lattes: |
Síntese |
O Diabo em Forma de Gente: (r)existências de gays afeminados, viados e bichas pretas na educação é uma pesquisa de doutorado, e como nome informa, se concentra no espaço escolar, um lugar caracterizado pelo controle de corpos e pela produção de subjetividades e se orienta a partir de duas formas de segregação e preconceito, o racismo e a homofobia. Embora a pesquisa adote um tom de denúncia, reconhecendo que o dispositivo de sexualidade e o dispositivo de racialidade operam sobre as experiências de homossexuais masculinos negros, que passam inclusive por um processo de demonização, o interesse da autora foi destacar as estratégias de enfrentamento desenvolvidas por 4 docentes negros que expressam orientação sexual discordante da norma heterossexual. A pesquisa constatou que as resistências desenvolvidas são múltiplas e emergem, na maioria das vezes, dos discursos racistas e homofóbicos. Assim, as categorias gays afeminado, viado, bicha e preta são ressignificadas pelos próprios sujeitos aos quais elas se referem, e se materializam como possibilidades concretas de enfrentamento. Para fazer esse debate a autora, Megg Rayara Gomes de Oliveira, se utilizou do método auto-biográfico desenvolvido pelo professor doutor Marcio Cawetano e adotou uma postura interseccional para mostrar que são múltiplos os marcadores que operam para interditar socialmente uma pessoa. O texto aqui apresentado é um exercício de pesquisa caracterizado pelo revezamento entre várias áreas do conhecimento e contribui de forma bastante potente para a pesquisa acadêmica e também para a construção de uma sociedade menos normalizadora. Embora a escola seja apresentada como um espaço de controle sobre os corpos, especialmente aqueles que escapam às normas de raça e de gênero considerado hegemônicos, ela também pode apresentar áreas de escape e assim evitar que o controle se efetive da forma pretendida. A pesquisa, escrita em primeira pessoa por uma travesti preta, moradora da cidade de Curitiba, mostra que os mecanismos de controle que conduzem pessoas negras, gays afeminados, viados e bichas ao abandono do sistema educacional não são eficazes em sua totalidade e muitos corpos escapam e a formação acadêmica se revela como uma estratégia de enfrentamento bastante poderosa. O Diabo em forma de gente construído pelos discursos normatizadores e normalizadores é assumido por quem antes era a vítima dele. O Diabo materializado na figura do gay afeminado, do viado e da bicha preta coloca em debate as múltiplas possibilidades de (r)existências que questionam os dispositivos de poder que queriam destruí-lo. O racismo e a homofobia se interseccionam e continuam operando sobre as existências de gays afeminados, viados e bichas pretas como dispositivos de poder. Mas, como propõe Michel Foucault (1986 – 1984), onde há poder há resistências. Há existências. |