Estamos exibindo produtos para a sua região.

Informe seu CEP para ter uma melhor experiência.

  • Entre ou Cadastre-se
  • Pedidos de Loja On-Line
  • Pedidos de Loja Física
casasbahia.com.brLivrosCiências Humanas e SociaisSociologia

O Ideário Democrático E Popular Na Educação

(Cód. Item 1572925058)

Outros produtos Não Informado

Vendido e entregue por Livraria Martins Fontes

por R$ 93,50

ou em até 10x de R$ 10,40 com juros (1.99% a.m)

Carnê Digital

Parcele em até 24x

Use agora

O livro que Emyly Kathyury Kataoka traz a público pela Editora Lutas Anticapital tematiza uma das questões mais delicadas, complexas e pouco discutidas na recente história da educação no Brasil. O fato de que as ideias e concepções sobre democratização da educação, da escola e da gestão escolar expressam e são emanadas das concepções teóricas e políticas do chamado campo democrático e popular possibilitou que as mesmas, ao longo dos anos de 1980 e 1990, penetrassem profundamente na linguagem e nos costumes, tornando-se senso comum. Porém, como senso comum, tais ideias foram também se desgastando na medida em que as forças que as sustentavam transformavam-se substancialmente, afastando-se da luta pelo socialismo e pela transformação radical da sociedade. Assim, palavras de ordem como “escola pública e popular”, “gestão democrática da escola”, “democratização da educação”, entre outras, ficaram tanto mais ubíquas quanto porosas, ainda que quase inquestionáveis, o que permite que sejam defendidas hoje por diferentes sujeitos políticos coletivos que nem sempre estão comprometidos de forma orgânica, moral a intelectualmente, com essas mesmas causas e suas consequências políticas e sociais. O que explica que essas ideias tenham conquistado tamanho consenso e, ao mesmo tempo, sejam hoje tão artificiais, furtivas e ordinárias? Enquanto desmoronam os direitos sociais historicamente conquistados pelos trabalhadores e as bandeiras e concepções democrático-populares de educação e de escola, construídas em décadas de embates políticos e ideológicos, se veem atacadas e fragilizadas diante do avanço das forças da extrema direita associada ao neoliberalismo mais devastador, propor um inventário crítico desse campo e dessas ideias parece uma irresponsabilidade, um contrassenso ou uma loucura. Ao contrário disso, no entanto, é com muita lucidez, seriedade e convicção que Emyly levanta esse debate na tentativa de evidenciar que muito do caráter destrutivo das políticas sociais e educacionais hoje levadas à cabo por governos e forças ultraliberais se assentam, entre outras coisas, na falta de autocrítica das experiências estatais dos governos democráticos e populares, nas suas (re)orientações teóricas e políticas, suas opções táticas, alianças, concessões e compromissos. Trata-se de uma pesquisa relevante e necessária quanto ao polêmico debate que procura enfrentar e que segue muito atual, sobretudo em um contexto de necessária renovação das lideranças políticas, de revisão crítica da ação e organização dos partidos e das opções ético-políticas consideradas de “esquerda”. As organizações dos trabalhadores precisam, sob pena de maiores derrotas, recriar e fortalecer suas táticas de luta sem sucumbir aos encantos do poder fácil e das alianças sedutoras que destroem as iniciativas autênticos dos setores subalternos. Diante disso, refletir criticamente sobre a direção das lutas e os embates que escolhemos travar enquanto classe é extremamente importante. Eis o que Emyly faz nesse livro. Fiel à proposição de Gramsci de que devemos questionar a concepção de mundo da qual fazemos parte como primeiro passo do “conhece-te a ti mesmo”, ela enfrenta o desafio de inventariar as lutas no campo educacional, contribuindo para a realização de uma necessária e urgente autocrítica do período histórico do qual somos herdeiros. Sugiro fortemente a leitura, mas já adianto que Emyly não faz concessões, portanto, é um texto duro, rigoroso, profundo, que desafia o leitor a interrogar suas mais profundas convicções, exigindo, muitas vezes, sangrar a própria carne.... Contudo, o presente histórico é decisivo: ou damos um passo atrás e fazemos um sério, racional e criterioso inventário de nossas lutas, de seus avanços, recuos e retrocessos, para então podermos avançar dois passos à frente na organização e fortalecimento dos trabalhadores em sua batalha contra o capital, ou estamos definitivamente fritos. Profa. Dra. Luciana Pedrosa Marcassa - Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Marca: Não Informado

Informações importantes:

  • Preços e condições de pagamento válidos somente para compras no site www.casasbahia.com.br.
  • Em caso de divergência de preços, o valor final considerado será o do Carrinho de Compras.
  • Imagens meramente ilustrativas.