Neste livro, Dejours analisa a relação entre o trabalho vivo e a teoria da sublimação elaborada por Freud. Ele mostra que, à luz da clínica do trabalho, a sublimação não é prerrogativa de seres excepcionais – artistas e pesquisadores –, diz respeito a todos os trabalhadores, sem exceção. Porém, para que a sublimação seja possível, a organização do trabalho deve deixar o caminho aberto para quem trabalha poder usar livremente a sua inteligência no trabalho. É o caso de muitos metiês, mas algumas organizações impedem a sublimação, a ponto de poderem ser descritas como “anti-sublimatórias”.Dejours também mostra que a sublimação desempenha um papel importante na possibilidade de acesso ao prazer no trabalho. No entanto, quando a sublimação é dificultada pela organização do trabalho, devemos esperar o aparecimento de distúrbios psíquicos, até mesmo de doenças mentais.Este livro destina-se principalmente a psicanalistas, mas também a todos os profissionais que se preocupam com a relação entre trabalho e saúde mental.Instituto Trabalhar