Cláudia cresceu no regaço de um pai que idolatrava. Caminharam de mão dada uma vida inteira, até a orfandade se instalar como um elefante branco numa sala cheia de porcelanas. Pedro nasceu cego e cresceu num Instituto e Asilo para cegos no Porto. Sobreviveu à solidão e à falta de uma mão que o guiasse. Tornou-se telefonista, e o telefone, a solução mais eficaz para acabar com a fome no passado, revelou-se no futuro o fio invisível que o ligou ao pai e à irmã. Luís viveu atormentado por um segredo. Numa tarde de verão, quando o telefone tocou, desfez-se a terra firme aos pés, abrindo-se um poço de angústia irreparável. Assim viveu até morrer. Esta é uma história verídica, que promete agarrar o leitor à vida dos três protagonistas. Marca: Não Informado