Boa parte das ideias que continuam a moldar a prática antissistêmica, se tornaram barras que encerram a luta em uma prisão política/conceitual que impede a utilização de energias emancipatórias. A centralidade da luta pelo poder assume que todas as mobilizações e lutas devem apontar nessa direção, subordinando as lutas concretas ao objetivo "final". Neste livro discutem-se experiências que apontam em uma outra direção: povos organizados como sujeitos coletivos de resistência ao capitalismo neoliberal e, ao mesmo tempo, como criadores de novos mundos. Nos sete artigos, a experiência viva dos povos é a bússola para a reflexão teórica e para projetar o tipo de transição que estamos vivendo em direção aos outros mundos, que estão sendo construídos, e as formas pelas quais cada povo os está defendendo(...)