Se sua intenção ao ler for de gozar do amor, cantar ao amor verdadeiro, às saudades, aos sentimentos puros, devo adverti-lo que a proposta não é essa, esse amor primordial não representa o que realmente encontramos. Sinto desapontá-lo. O que verá aqui é o que nos torna humanos, fracos, fúteis e efêmeros, o lirismo aterrador da existência, a dor da busca, a vida-morte, a saudade, a tristeza. Isso sim é o que encontramos em nossa existência que insistimos em vangloriar para que amargue menos a chamamos de vida. Sendo tudo efêmero, nossas dores também são, seria justo tanta importância?