Este livro trata de um universo ambíguo, o universo do corpo. Falar desse universo não é outra coisa senão falar do humano. Mas é falar a partir da centralidade do corpo na vida humana, na construção sensível da existência marcada na carne, testemunha de memória. É pensar o humano a partir das práticas culturais voltadas ao corpo, sobre as formas como os seres humanos constroem seus modos e costumes, seus valores, suas técnicas corporais, suas práticas de alimentação, saúde, sexo, educação. [...] É pensar como construímos uma trajetória que nos colocou, paradoxalmente, na condição de sujeito e objeto do conhecimento, numa atitude que lembra a esquizofrenia de uma dupla pertença que nos marca, sobretudo nesses últimos séculos no Ocidente. ...] Um livro constituído por um olhar aos humanos a partir das chamadas ciências humanas.