A temática alimentar, na América Latina, segue padrões ditados pela economia mundial e pelas pressões internas de políticas voltadas à mercantilização do alimento. Neste ambiente, os processos de formação e renovação centralizados na temática alimentar apresentam a capacidade de resiliência e adaptação, e permeiam o institucionalismo histórico, o neoinstitucionalismo construtivo até o de neoinstitucionalismo de redes, com a concepção forte de atenção aos indivíduos, seus saberes e viver local. Todos esses universos trazem um aspecto oculto, ou pouco valorizado, nas urgências do sistema mercantilista, capaz de posicionar estes atores como produtores e/ou coprodutores do alimento, e, portanto, corresponsáveis nas relações sociais, culturais, econômicas e ambientais construídas, e consequentemente nos processos de desenvolvimento. Seus componentes aqui esmiuçados compõem uma jornada guiada pelo movimento Slow Food, analisado como um contramovimento, segundo a teoria de Karl Polanyi, tendo abordagem na formação de espaços de resistência, não como oposição ao mercado existente, mas como criador de alternativas de desenvolvimento dentro do próprio mercado. Marca: Não Informado