O Problema Da Hominização Representa Um Verdadeiro Desafio Para As Ciências Humanas. Trata-Se De Pensar Por Um Único E Mesmo Conceito Uma Grande Proximidade Entre O Animal E O Homem, A Fim De Que Se Possa Refletir Sobre A Passagem De Um Para O Outro, Mas, Ao Mesmo Tempo, Há Também Uma Ruptura Radical. É Na Literatura Que René Girard Encontra Esse Conceito Recorrente Em Toda A Sua Obra: A Mímesis. Desse Modo, O Processo De Hominização É Nada Mais, Nada Menos Do Que A Solução Para A Violência Criada Pela Imitação Dos Desejos. Se O Homem Se Afasta Da Natureza, É Porque Atinge Um Modelo De Gestão Particular Da Violência. Como Não Pode Lutar Diretamente Contra Ela E Afrontá-La Sem Correr O Risco De Aumentar Os Estragos, Ele Sempre Desloca Essa Violência Para Bodes Expiatórios, Que Reúnem O Ódio Comum. Em René Girard: Do Mimetismo À Hominização, O Autor Mostra Como, Desse Deslocamento, Dessa Différance Da Violência, Emerge Uma Ordem Que Só Pode Existir Com Certo Desconhecimento Dos Processos Que A Estabelecem E Que Deve, Então, Ser Pensada Formalmente Como Autorrealização. Este Livro Mostra Como As Criações Conceituais De René Girard Permitem Que Sejam Pensados De Forma Realista E Aceitável O Processo De Hominização, Assim Como Todas As Especificidades Humanas. O Modelo Girardiano Nos Ajuda A Compreender, Ao Escapar Das Dificuldades Encontradas Pela Psicanálise, Pelo Estruturalismo Ou, Ainda, Pela Desconstrução, Como A Origem Da Cultura É Apenas O Surgimento De Um Modelo De Gestão Particular Da Violência. Para Perceber A Originalidade E A Força Explicativa Das Teses De René Girard, Stéphane Vinolo Revela, Nesta Obra, Seu Modelo Formal Que É Inteiramente Fundamentado Em Um Pensamento De Auto-Organização E Autorrealização.