Olimpia de Las Várzeas é poeta, nascida em Minas Gerais e que ama ouvir o ronronar dos gatos. Fazem parte da sua vida algumas pessoas que comungam dos mesmos desejos de um mundo mais humano e menos excludente. Acredita que os heterônimos são possibilidades de vida. Essa é sua primeira publicação. Variando léxico elevado com palavras mais terrenas, a poesia de Olimpia de las Várzeas parece querer nos fazer crer que tudo se funde e confunde no mundo. Que não há, no fim, pelo menos, no âmbito da arte, da poesia, maneira de distinguir as coisas definitivamente, senão de misturá-las, dado que é da natureza das coisas, humanas e divinas, estarem amalgamadas. Assim é este Responsório: atravessamento, inexatidão, impureza; vontade de acolher todas as formas na forma do poema, essa forma que, em boa parte do livro, se conforma em ato litúrgico, à maneira dos responsos. É também sagrado. Uma e outra vez: amálgama, confluência, expansão. Marca: Não Informado